Todos os filhotes de
mamíferos sintetizam a enzima lactase. A lactase é a enzima que quebra lactose, ou
seja, o açúcar do leite. Na fase adulta, os mamíferos param de sintetizar a
enzima lactase.
Nos seres humanos esse
processo não ocorre de forma igual, uma vez que alguns grupos étnicos mantêm 90%
da atividade enzimática da lactase na fase adulta, já outras etnias perdem
progressivamente a atividade enzimática até os cinco anos de idade.
Acredita-se que esta
variação seja decorrente de uma mutação genética que ocorreu a cerca de 9 mil anos
em povos criadores de gado leiteiro domesticado. Esses povos eram consumidores
de leite e seus derivados na dieta, e adquiriram por mutação um traço
genético dominante que perpetuava a atividade da lactase após o desmame. Essa
característica genética foi sendo passada aos seus descendentes, até que parte
da população humana atual tenha esse gene mutante. Nestes casos, ocorre a persistência de um
"gene regulador", recentemente sequenciado e localizado no cromossomo
dois, que não permite a supressão da síntese de lactase no tempo programado.
Referências
Pesquisa genética
desvenda intolerância à lactose. Disponível em: http://www.ufrgs.br/portaldapesquisa/conhecimentoesociedade/?p=331.
Acesso em: 26 de março de 2019.
Cientistas identificam mutação genética que causa intolerância à lactose.
UOL - Emedix. Janeiro de 2002. Acesso
em: 26 de março de 2019.
Tumas, R. Cardoso, A.L.
Como conceituar, diagnosticar e tratar a intolerância à lactose. Disponível
em: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3697.
Acesso em: 26 de março de 2019.